Ubisoft quer aumentar receita desistindo de jogos AAA
- Mary Jane
- 13 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
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A Ubisoft não quer estar tão dependente do lançamento de jogos AAA como no passado, olhando de outra forma para os jogos free-to-play e para os seus títulos mais antigos, com intuito de exponenciar a sua receita.
Na apresentação de resultados do terceiro trimestre, a editora assinalou que os planos para o ano fiscal de 2022, compreendido entre abril de 2021 e março de 2022, incluem o lançamento de três jogos AAA, mas que no futuro a Ubisoft não quer que os jogos AAA sejam o foco do seu modelo de negócio.
"Durante alguns anos dissemos que o normal seria lançar entre três a quatro jogos AAA, e por isso vamo-nos manter neste plano para o ano fiscal de 2022," começou por dizer Frederick Duguet, o CFO da companhia francesa.
"Mas estamos a progredir de forma contínua e progressiva de um modelo focado nos lançamento AAA para um modelo onde temos uma combinação de lançamentos AAA fortes e dinâmicas fortes do nosso catálogo, mas complementando também o nosso programa de novos lançamentos com experiência free-to-play e premium."
O executivo continuou especificando que a companhia possui um número de títulos no seu pipeline, sejam eles AAA ou não, nomeadamente Far Cry 6, Rainbow Six Quarantine, Skull & Bones, Riders Republic, Prince of Persia: Sands of Time Remake e Roller Champions.
Assinalou ainda que está em desenvolvimento um jogo mobile de Assassin's Creed que chegará à China, através do seu parceiro Tencent. Aliás, deu a entender que chegarão mais experiências mobile e free-to-play, dada a vasta experiência que a Tencent possui.
"No ano fiscal de 2022, vamos continuar a evoluir de um modelo AAA para um modelo onde os AAA se juntam a novas e inovadoras experiências premium e free-to-play em todas as plataformas."
Yves Guillemot, o CEO da Ubisoft, acrescentou também que os jogos mais antigos, ou seja, aqueles que já foram lançados e continuam a gerar receita no longo prazo, terão um papel importantíssimo nas receitas futuras da companhia, dando como exemplo o caso de Rainbow Six Siege, que obteve mais 15 milhões de jogadores nos últimos 12 meses, totalizando agora cerca de 70 milhões de jogadores, e continua a ser uma excelente fonte de receita.
Não sabemos o que significará isto para as franquias mais importantes da Ubisoft, mas certamente que muitas serão adaptadas ao modelo free-to-play. The Division poderá ser uma delas, tal como The Crew, enquanto que Assassin's Creed e Far Cry deverão manter o mesmo modelo de negócio. Mas só o futuro dirá.
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