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Moon Knight - Episódio 2 Explicado: Análise, Referencias e Easter Eggs

Atualizado: 12 de abr. de 2022

Steven Grant está cada vez mais familiarizado com Marc Spector e Moon Knight, e com isso o número de easter eggs está muito maior. Eis o que descobri.

 

ATENÇÃO: ESTE ARTIGO CONTÉM SPOILERS PARA O EPISÓDIO 2 DE MOON KNIGHT!!!!


O Cavaleiro da Lua dedicou o seu primeiro episódio quase inteiramente a estabelecer o Steven Grant de Oscar Isaac como sendo um entusiasta do antigo Egipto com um distúrbio de sono mal diagnosticado. E atenção, é "Steven com um V", como ele diz durante esse episódio.


À medida que ele se transforma num ser que ele não consegue entender e esmaga um chacal morto-vivo renascido por magia, torna-se rapidamente claro que existem mais coisas sobre Steven do que vender doces a crianças.


Em comparação com séries passadas do MCU, o episódio 1 de Moon Knight foi surpreendentemente fraco nas ligações ao universo Marvel que se estende por mais de 10 anos atualmente. Até nos momentos em que se esperava naturalmente alguns easter eggs, poucos foram os que se conseguiram encontrar.


Por outro lado, o episódio 2 de Moon Knight com o título de " Summon The Suit" ("Invocar o Fato") é - felizmente para nós - mais generoso nesse aspecto, deixando algumas referências tanto para a história da banda desenhada do Moon Knight como para o MCU.


Durante o turbilhão do segundo episódio de Steven, ele é despedido, conhece a sua esposa pela primeira vez, torna-se um vigilante, e experimenta uma sopa de lentilha surpreendentemente agradável. E como não gostar de uma boa sopa, não é verdade?


A LIGAÇÃO ÀS AREIAS

Ora o primeiro detalhe que pode ser perdido a ver o episódio, chega logo no momento de abertura do mesmo, onde começamos com um olhar sobre a areia que rodeia a cama no quarto do Steven Grant, areia essa que ele utiliza para saber se andou ou não sonâmbulo durante a noite.


O fato de o episódio começar a usar a areia intacta no chão, e com os sons da luta do Moon Knight contra o Chacal no final do primeiro episódio, mostra-nos que Marc tem o cuidado de manter a persona de Steven no escuro, mantendo encoberto a verdadeira identidade de quem é este é na verdade. O Punho de Khonshu, que procura a vingança no mundo.


Ora, outro fator que podemos deduzir é que a areia é sem dúvida um prelúdio do que vamos obter no final do episódio, quando Marc - e não Steven - aparecem no Egipto, a olhar para as pirâmides de Gizé. O que demonstra a sua conexão ao antigo Egipto. E se com areia isto começa, é com areia que isto vai acabar.


CHACAL? NEM VÊ-LO

De seguida vemos Steven Grant de volta ao trabalho, depois dos incidentes da noite anterior e que tem uma conversa com o segurança do Museu. Steven fica preocupado e pede precaução ao segurança quando estes vão ver as filmagens das câmeras de vigilância. E que por alguma razão, ele insiste em chamar Steven de Scotty. Talvez uma outra personalidade possa estar a ser indicada aqui, mas teremos de esperar por mais.


Mas o detalhe importante aqui chega mesmo nas câmeras de vigilância. Quando os dois se encontram a ver as filmagens, percebemos que o Chacal que perseguia Steven não é real. Ou será que é?


O fato de Steven ser o único capaz de ver o chacal, pode indicar que estes seres egípcios, ressuscitados através de magia, apenas são visíveis para quem possua algum tipo de magia do caos. Como é o caso de Moon Knight.


Mesmo que Steven não veja nada nas filmagens, há um detalhe interessante aqui. Se repararmos bem, e recorrendo ao slowmotion, nos momentos em que o chacal esbarra contra qualquer coisa do mundo real, existe um certo formigueiro nas filmagens, o que pode querer indicar o contato com o mundo real.


No momento final das filmagens vemos Marc a olhar diretamente para as câmeras, ao qual Steven diz que aquele não é ele. E é como se o Marc soubesse que o Steven iria ver as filmagens, e aquela seria uma certa forma de aviso para o outro habitante do corpo.


QRs DÃO PRÉMIOS

Mais à frente vemos um dos easter eggs que talvez pode passar mais despercebidos mas que é um que te pode dar um prémio se souberes procurar bem, um easter egg em forma de um código QR.


Os códigos QR tornaram-se tão comuns que se misturam frequentemente em cenários - tanto na vida real como no ecrã. O episódio 1 do Cavaleiro da Lua introduziu subtilmente um código QR na cena em que Steve explicava as lendas a uma rapariguinha no museu. Esse código, quando digitalizado, leva-nos até um livro de banda desenhada da Marvel, mais precisamente a comic Werewolf By Night, na qual o Cavaleiro da Lua fez a sua estreia.


O código QR desta semana encontra-se no cacifo de depósito de Marc Spector que permite descarregar mais uma edição da BD de Werewolf By Night.


Já o número ao lado do código QR, pode ser uma referência à banda desenhada, Moon Knight, edição nº 43, em que mostra a história de Moon Knight a lutar com um vilão chamado Seth Phalkon, que contém uns poderes muitos parecidos ao vilão que vemos na série, Arthur Harrow, que consistem em drenar as pessoas da sua vida, se bem que Arthur Harrow o faz, justificando que é em nome da deusa Ammit.


PASSAPORTE COM HOMENAGEM

De seguida, vemos o passaporte de Marc Spector, o qual nos revela alguns detalhes sobre a verdadeira identidade de Marc. Na banda desenhada, Marc Spector é de Chicago, Illinois, em homenagem ao seu criador, Doug Moench. E, embora só tenhamos visto Steven Grant como um britânico “nascido” em londres, o episódio 2 confirma também a Cidade Natal como sendo a mesma que a da sua contraparte nas bandas desenhadas.


Outro detalhe interessante no passaporte, é a data da sua emissão. O passaporte foi emitido a 14 de dezembro de 2018, o que significa que foi emitido durante o famoso “Blip” no universo da Marvel, que é aquele período de 5 anos após o estalar de dedos de Thanos em Avengers: Infinity War. O “snap” ocorreu em Maio de 2018 segundo a linha temporal do MCU, o que isto quer dizer que Moon Knight, faz parte dos 50% de população que não foi evaporada por Thanos.


DINHEIRO CHINÊS?

Juntamente com o passaporte de Marc, Steven encontra no saco vários molhos de dinheiro, que parecem ser notas de 100 Yuan, que é a moeda chinesa. O que torna interessante isto, não é o fato de Marc ter um saco cheio de dinheiro, o que é completamente normal, visto ele ser um mercenário, e aceitar pagamento em dinheiro pelos seus serviços, é sim o fato de o dinheiro presente no saco ser chinês.


Ora, e se bem se lembram, houve um certo filme que saiu o ano passado, que foca num certo herói chines, Shang-Chi, mas aqui, o importante não é o herói, mas sim a sua irmã, ou até mesmo o seu pai. O fato de estar aqui um saco cheio de dinheiro chinês, pode indicar que Marc foi contratado ou teve contato com alguma entidade chinesa, e que melhor entidade do que os 10 Rings? Um desenvolvimento que devemos ter em conta para cenas futuras.


ESCARAVELHO PRECIOSO


Outro dos pertences que se encontra no saco, é o escaravelho de ouro que parece que toda a gente anda atrás nesta série, e o importante a salientar aqui, é que como o próprio Steven diz, este escaravelho é um género de uma bússola, mas uma que não aponta para norte, o que pode querer dizer que esta aponta para o Egipto, ou para o túmulo de um deus egípcio.


KHONSHU DEMONÍACO

Após isso vemos novamente Khonshu em toda a sua glória e que gera aqui um momento de tensão elevada, que parece mesmo retirada de um filme de terror, o que é só fantástico. No início da cena, quando Steven caminha em direção ao cacifo, vemos as luzes a acender uma a uma, através dos sensores de movimento, mais tarde, o mesmo efeito é usado, usando o efeito para demonstrar a presença de espíritos ou demônios, mas que é na verdade o Deus da Lua, que faz as luzes a acender mostrando a sua forma mumificada a Steven.


Um detalhe interessante aqui, ao vermos a forma física de Khonshu e que mostra o que parece ser uma falha no seu bico, na parte do meio, o que parece representar que levou ali uma pancada. O que poderá querer também representar que Khonshu já lutou no mundo físico desta forma, e que pode ter ficado com danos. Ou pode ser apenas parte do design e esteja para aqui a olhar demais para os detalhes.


LAYLA É A MARLENE DAS COMICS

De seguida, somos introduzidos a Layla, que ficamos a saber que é a mulher de Marc, mas apesar do seu nome ser diferente, existiam teorias que Layla El-Faouly, é na realidade uma interpretação live-action do interesse amoroso da banda desenhada de Marc Spector, Marlene Alraune.


Moon Knight confirma isto no episódio 2, revelando que Layla já é a esposa de Marc Spector. Ambas as personagens também partilham um profundo interesse na cultura egípcia, e sendo a Layla a Marlene das BDs também fica de certa forma explicado de como ela conhece a transformação de Marc para Moon Knight, uma vez que foi Marlene quem o levou perante Khonshu nas comics.


REFERÊNCIA AO CAPITÃO AMÉRICA

Quando Stevan Grant leva esta nova esposa surpresa de volta ao seu apartamento (desculpem, o apartamento da sua mãe ), Layla admira a extensa colecção de livros de Steven - quase como se ela nunca tivesse percebido que o seu marido era tão tão bom leitor.


Ora, nos livros sobre o ombro direito de Layla, ao lado de uma prateleira em particular, a lombada de um livro lê-se "O Homem no Gelo". The Man in the Ice é um verdadeiro livro arqueológico, mas no MCU, "O Homem no Gelo" apenas pode significar uma coisa - Capitão América.


É agradável imaginar que o episódio 2 do Moon Knight possa ter incluído este título em particular de forma tão destacada por causa da sua ligação com Steve Rogers nas comics. Inclusive, os dois fazem parte de uma equipa secreta de Vingadores.


REFERÊNCIA À ORIGEM DE MOON KNIGHT NAS COMICS

Depois de ter sido levado pelos policiais, um deles revela que Marc Spector é procurado pela morte dos arqueólogos numa escavação no Egito, todos brutalmente amarrados e fuzilados. Este passado é directamente retirado das origens em banda desenhada de Marc.


Spector e Duchamp (que foi referenciado no episódio 1 de Moon Knight) juntaram-se ao criminoso Raul Bushman para um trabalho no Egipto, apenas para Bushman começar imediatamente a massacrar uma equipa de arqueólogos. Marc interveio para impedir a atrocidade, e a série alude a isto quando Steven: "Não é o que pensas".


Nesses ficheiros que o policia mostra, também podemos ver mais um easter egg, referente à estreia do Cavaleiro da Lua. No ficheiro da Interpol, o número do ficheiro do caso está listado como 1975, que é o ano em que o Moon Knight estreou em Werewolf By Night #32.



UM NÃO À CAUSA


Ao tentar vender a marca de justiça antecipada de Ammit a Steven Grant, Arthur Harrow aborda o antigo debate sobre o "Bebé Hitler" - se pudéssemos viajar no tempo e assassinar Hitler enquanto era criança, será que deveríamos fazer?


O MCU já abordou este assunto antes, como é óbvio. Depois de inventar viagens no tempo em Avengers: Endgame, Rhodey e Hulk envolveram-se num debate sobre a complexidade moral de matar um pequeno Thanos. Apesar da sua posição sobre o Titã Louco, War Machine talvez não tenha a filosofia de Arthur Harrow.


E Steven Grant claramente condena o fato de alguém, mesmo que uma deusa, possa julgar pessoas anos antes de cometerem qualquer crime que possa estar traçado no seu destino, pois como Steven aponta, as coisas podem mudar e julgar crianças é só errado.


MAGIA ROXA? MESMA QUE A DE AGATHA?

Arthur Harrow invocou o seu chacal no episódio 1 mas nós não conseguimos ver como o fez, mas o episódio 2 mostra o feitiço a ser lançado. Curiosamente, a magia que Harrow usa adopta um tom roxo.


Diferentes tipos de magia são marcados por cores diferentes no MCU, e o roxo foi previamente estabelecido como a magia negra de Agatha Harkness em WandaVision. Talvez seja uma coincidência ou a pode ser a Marvel novamente a reconfigurar as suas regras sobre a magia, mas a semelhança pode confirmar que, tal como Harrow extrai a sua magia de Ammit (uma deusa egípcio), Harkness estava a extrair a dela de outro deus, como Chthon. O qual podemos vir a ver no filme de Doctor Strange no Multiverso da Loucura.


Outro fator que temos de ter em conta é o Multiverso. Se bem se lembram, as brechas do feitiço que abriu o multiverso no filme do Spider-Man: No Way Home, também eram roxas e como o Wong disse no filme, estes seres podem sair de um local que é desconhecido, e sendo assim, o feitiço não invoca seres zombies do antigo egipto, das profundezas da Terra, mas abre talvez um portal para o universo desses seres.


REFERÊNCIA A FALCON E O WINTER SOLDIER

Mais à frente, vemos a versão de Moon Knight de Steven Grant, que é baseado na versão do Mr. Knight das comics, com o seu fato todo janota. Mr. Knight nas bds é mais um investigador do que lutador, mas na série parece que será a versão do herói quando Steven está a tomar conta do corpo de Marc.


A entrada em cena foi fantástica, e como diria o Deadpool, até teve direito a uma aterragem de super-herói. Mas nesta cena, existe uma referência à série de Falcon and the Winter Soldier, no autocarro contra o qual Steven se esbarra.


Enquanto Steven Grant e Layla lutam contra o chacal convocado por Arthur Harrow, um autocarro vermelho inclui um cartaz de um anúncio para o "GRC". O Global Repatriation Council ("Conselho Global de Repatriação") foi introduzido em Falcon & The Winter Soldier como uma organização que lida com as consequências do snap de Thanos e dos 50% desaparecidos que subitamente regressaram cinco anos mais tarde.


O cartaz do GRC do episódio 2 do Moon Knight é a primeira conexão propriamente dita ao resto do MCU.


ATENÇÃO AO NÚMEROS


Outro easter egg que podemos encontrar no mesmo autocarro, está no no tejadilho do veículo com o código "WBN0032". À primeira vista, esta referência parece não ser nada de especial, mas na realidade combinação de números e letras é um tributo codificado à estreia em banda desenhada do Moon Knight. "WBN 0032" significa "Werewolf by Night #32" - a primeira aparição do moço de recados de Khonshu.



CONVERSA COM UM DEUS

Depois de Moon Knight ter derrotado o chacal, empalando-o na igreja, Marc finalmente explica como é que tem esses dons e o porquê do contato com Khonshu.


Nas Bds, depois de Marc Spector defender os arqueólogos de Raul Bushman, o criminoso deixou o seu antigo colega mercenário às portas da morte, e Marc teria morrido ali mesmo se não tivesse feito um acordo com Khonshu. As mais recentes revelações da série sugerem que este mesmo cenário também aconteceu em live-action.



DE VOLTA AO EGIPTO

O episódio acaba com Marc Spector no Egipto e que nos mostra mais uma vez que Marc viaja sempre fora do nosso olhar. Após Khonshu passar em frente da câmera e cortar a nossa visão sobre Marc, vemos uma cortina a cair de um espelho quebrado. No qual vemos Steven, com a mão ensanguentada, mas que não é o reflexo de Marc que se encontra sentado no chão a beber uma pinga.


Se olharmos bem, as posições dos dois são diferentes, o que significa que Steven continua preso no subconsciente de Marc e que este tem agora o controle do corpo. E a julgar pela mão com sangue de Steven, este aleijou-se a tentar assumir o controle, e talvez tenha sido dessa forma como o espelho se encontra partido.


E o fato de agora a história se desenrolar nas terras dos antigos faraós, apenas me deixa mais entusiasmado para esta série, que se está a tornar uma das minhas favoritas da Marvel.


CRÉDITOS COM MUDANÇAS


Outro detalhe que acho que pode ser interessante, está nos créditos finais. No primeiro episódio, os créditos acabaram com o Moon Knight com destaque na versão do fato de cerimônia do Cavaleiro da Lua, mas neste episódio, a mesma parte dos créditos, foi trocada pelo Mr. Knight, que como disse antes, parece ser a versão do Moon Knight quando Steven está sob controle do corpo.


Ora e assim chego ao fim a minha análise ao segundo episódio de Moon Knight, espero que tenhas gostado, e que te tenho fornecido algum detalhe que não tivesses dado conta ao ver o episódio.


Diz-me o que achaste do episódio nos comentários, ou se descobriste algo mais.



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Sobre o autor do artigo:

Geek a tempo inteiro, PM é o fundador do projeto Tretas do Cromo. Podes segui-lo no Instagram em @senhor_pm, no twitter em @senhor_pm ou no facebook em @senhorpm.

 

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